sábado, 30 de junho de 2012


OBRAS LITERÁRIAS VESTIBULAR 2013 - UESB

Se você pretende concorrer a uma vaga em um dos cursos de graduação da Uesb, já pode começar a se preparar! Os livros do próximo processo seletivo foram definidos, e o conteúdo será avaliado na prova de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Vestibular 2013.

Confira as obras selecionadas:
Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado De Assis (1881). O livro aborda as experiências de um homem abastado da elite brasileira do século XIX, Brás Cubas. A história é narrada pelo próprio personagem, que já está morto e faz sua autobiografia. Os fatos são narrados à medida que afloram à memória do narrador, que vai tecendo suas digressões, refletindo sobre seus atos, sobre as pessoas, exteriorizando uma visão cínica, irônica e desencantada de si mesmo e dos outros.
Luanda Beira Bahia, de Adonias Filho (1971). É um romance em parte de ficção, e de costumes. Ele une, através da ficção, o Brasil e a África, sendo seus personagens o povo de Salvador, Ilhéus, Moçambique e Angola. O livro conta a trágica história de amor de jovens vítimas de ciladas do destino. Heróis desesperados, instintivos e vincados pela fatalidade.
Os Morangos Mofados, de Caio Fernando Abreu (1982). Livro de contos no qual o escritor aborda seus temas preferidos: o estranhamento, a solidão, a dor e o sentimento de marginalização. Morangos Mofados é estruturado em três partes: "O Mofo", constituída de nove contos; "Morangos", de oito; e um último conto que dá título ao livro: “Morangos Mofados”.
Para mais informações sobre as obras literárias e o Vestibular Uesb 2013, entre em contato com a Comissão Permanente de Vestibular (Copeve) pelo telefone (77) 3424-8607, em Vitória da Conquista, (73) 3528-9695, em Jequié, e (77) 3261-8700, em Itapetinga.

por Gisele Aguiar

VOCÊ NÃO PODE PERDER. É SÓ CLICAR...





ENEM PERDEU FUNÇÃO PEDAGÓGICA AO VIRAR VESTIBULAR





Depois que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi transformado em vestibular, em 2009, as escolas deixaram de receber boletins que mostravam o desempenho detalhado da instituição, segundo as competências avaliadas no exame. Diretores de colégios paulistanos criticam a medida e dizem que não têm mais ferramentas para usar o resultado da prova para melhorar os cursos.
Para os diretores, o Enem perdeu a função de avaliação do último ciclo da Educação Básica. Antes, as escolas podiam receber um boletim que trazia o desempenho dos alunos nas cinco competências da prova objetiva e nas variáveis avaliadas na redação. As competências fazem parte da matriz de referência do Enem – eixos cognitivos comuns a todas as áreas.
Mesmo considerado importante pelas escolas, o boletim foi abandonado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), braço do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Enem. “Se a intenção é induzir a melhoria do ensino pelo Enem, é preciso aproveitar melhor os resultados”, diz o diretor do Colégio Equipe, Luis Marcio Barbosa.
O diretor afirma que o antigo boletim oferecia muitas possibilidades de uso pedagógico. “Podíamos ver que em uma determinada habilidade os alunos foram melhores que em outras, ou que precisamos trabalhar melhor o texto argumentativo. São coisas que uma simples média da escola não proporciona.”
Atualmente, o Inep divulga apenas a média das escolas na redação e nas notas das provas objetivas – levando em conta a correção pelaTeoria de Resposta ao Item (TRI). Dessas informações saem os rankings de escolas, criticados por especialistas e diretores. As listas não substituem os boletins.

“Com os rankings, só consigo ver a média da minha escola e saber se está em primeiro, décimo ou último. Mas, do ponto de vista de interferência pedagógica, é limitado”, diz a diretora do Colégio Móbile, Maria Helena Bresser.
Maria Helena afirma que, mesmo que o cálculo das notas use a TRI (em que o número de acertos não é a única variável da nota), seria importante para a escola a análise das questões. “Podíamos ver qual questão teve mais erro na escola e pensar, por exemplo, se os alunos sabem analisar gráficos.”
Diretora do Colégio Sidarta, Claudia Siqueira também acredita que a falta do boletim limita a atividade dos colégios. “A escola trabalha com conteúdo e existe essa diferença com instrumentos avaliativos, como o Enem colocou. Facilitaria se soubéssemos a performance dos alunos.”
Sem comparações

Segundo a diretora do Albert Sabin, Gisele Magnossão, a correção por meio da TRI também dificulta a leitura para as escolas e para os alunos. “A gente não sabe dizer se eles foram melhor de um ano para o outro. Antigamente era possível saber isso.”

O Inep promete fornecer neste ano para as escolas uma nova interpretação da escala de proficiência (que reflete as competências) do Enem. O Inep, afirma que está “estudando novas formas de auxiliar as escolas em seus processos de análise e avaliação dos resultados.”

Escrito  por Paulo Saldaña, jornalista de O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 29 de junho de 2012


HÁBITO DE LER ESTÁ ALÉM DOS LIVROS, DIZ UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS EM LEITURA DO MUNDO

24 de junho de 2012 | 23h 50

Um dos maiores especialistas em leitura do mundo, o francês Roger Chartier destaca que o hábito de ler está muito além dos livros impressos e defende que os governos têm papel importante na promoção de uma sociedade mais leitora.


O historiador esteve no Brasil para participar do 2º Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários, realizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Em entrevista à Agência Brasil, o professor e historiador avaliou que os meios digitais ampliam as possibilidades de leitura, mas ressaltou que parte da sociedade ainda está excluída dessa realidade. “O analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital”, disse.

Agência Brasil: Uma pesquisa divulgada recentemente indicou que o brasileiro lê em média quatro livros por ano (a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pelo Instituto Pró-Livro em abril). Podemos considerar essa quantidade grande ou pequena em relação a outros países?

Roger Chartier: Em primeiro lugar, me parece que o ato de ler não se trata necessariamente de ler livros. Essas pesquisas que peguntam às pessoas se elas leem livros estão sempre ignorando que a leitura é muito mais do que ler livros. Basta ver em todos os comportamentos da sociedade que a leitura é uma prática fundamental e disseminada. Isso inclui a leitura dos livros, mas muita gente diz que não lê livros e de fato está lendo objetos impressos que poderiam ser considerados [jornais, revistas, revistas em quadrinhos, entre outras publicações]. Não devemos ser pessimistas, o que se deve pensar é que a prática da leitura é mais frequente, importante e necessária do que poderia indicar uma pesquisa sobre o número de livros lidos.

Agência Brasil: Hoje a leitura está em diferentes plataformas?

Chartier: Absolutamente, quando há a entrada no mundo digital abre-se uma possibilidade de leitura mais importante que antes. Não posso comparar imediatamente, mas nos últimos anos houve um recuo do número de livros lidos, mas não necessariamente porque as pessoas estão lendo pouco. É mais uma transformação das práticas culturais. É gente que tinha o costume de comprar e ler muitos livros e agora talvez gaste o mesmo dinheiro com outras formas de diversão.

Agência Brasil: A mesma pesquisa que trouxe a média de livro lidos pelos brasileiros aponta que a população prefere outras atividade à leitura, como ver televisão ou acessar a internet.


Chartier: Isso não seria próprio do brasileiro. Penso que em qualquer sociedade do mundo [a pesquisa] teria o mesmo resultado. Talvez com porcentagens diferentes. Uma pesquisa francesa do Ministério da Cultura mostrou que houve uma redistribuição dos gastos culturais para o teatro, o turismo, a viagem e o próprio meio digital.

Agência Brasil: Na sua avaliação, essa evolução tecnológica da leitura do impresso para os meios digitais tem o papel de ampliar ou reduzir o número de leitores?


Chartier: Representa uma possibilidade de leitura mais forte do que antes. Quantas vezes nós somos obrigados a preencher formulários para comprar algo, ler e-mails. Tudo isso está num mundo digital que é construído pela leitura e a escrita. Mas também há fronteiras, não se pode pensar que cada um tem um acesso imediato [ao meio digital]. É totalmente um mundo que impõe mais leitura e escrita. Por outro lado, é um mundo onde a leitura tradicional dos textos que são considerados livros, de ver uma obra que tem uma coerência, uma singularidade, aqui [nos meios digitais] se confronta com uma prática de leitura que é mais descontínua. A percepção da obra intelectual ou estética no mundo digital é um processo muito mais complicado porque há fragmentos e trechos de textos aparecendo na tela.

Agência Brasil: Na sua opinião, a responsabilidade de promover o hábito da leitura em uma sociedade é da escola?
Chartier: Os sociólogos mostram que, evidentemente, a escola pode corrigir desigualdades que nascem na sociedade mesmo [para o acesso à leitura]. Mas ao mesmo tempo a escola reflete as desigualdades de uma sociedade. Então me parece que, também, é um desafio fundamental que as crianças possam ter incorporados instrumentos de relação com a cultura escrita e que essa desigualdade social deveria ser considerada e corrigida pela escola que normalmente pode dar aos que estão desprovidos os instrumento de conhecimento ou de compreensão da cultura escrita. É uma relação complexa entre a escola e o mundo social. E é claro que a escola não pode fazer tudo.
Agência Brasil: Esse é um papel também dos governos?
Chartier: Os governos têm um papel múltiplo. Ele pode ajudar por meio de campanhas de incentivo à leitura, de recursos às famílias mais desprovidas de capital cultural e pode ajudar pela atenção ao sistema escolar. São três maneira de interação que me parecem fundamentais.
Agência Brasil: No Brasil ainda temos quase 14 milhões de analfabetos e boa parte da população tem pouco domínio da leitura e escrita – são as pessoas consideradas analfabetas funcionais. Isso não é um entrave ao estímulo da leitura?
Chartier: É preciso diferenciar o analfabetismo radical, que é quando a pessoa está realmente fora da possibilidade de ler e escrever da outra forma que seria uma dificuldade para uma leitura. Há ainda uma outra forma de analfabetismo que seria da historialidade no mundo digital, uma nova fronteira entre os que estão dentro desse mundo e outros que, por razões econômicas e culturais, ficam de fora. O conceito de analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital. Cada um precisa de uma forma de aculturação, de pedagogia e didática diferente, mas os três também são tarefas importantes não só para os governos, mas para a sociedade inteira.
Agência Brasil: Na sua avaliação, a exclusão dos meios digitais poderia ser considerada uma nova forma de analfabetismo?
Chartier: Me parece que isso é importante e há uma ilusão que vem de quem escreve sobre o mundo digital, porque já está nele e pensa que a sociedade inteira está digitalizada, mas não é o caso. Evidente há muitos obstáculos e fronteiras para entrar nesse mundo. Começando pela própria compra dos instrumentos e terminando com a capacidade de fazer um bom uso dessas novas técnicas. Essa é uma outra tarefa dada à escola de permitir a aprendizagem dessa nova técnica, mas não somente de aprender a ler e escrever, mas como fazer isso na tela do computador.

sábado, 23 de junho de 2012



"UM PÚBLICO COMPROMETIDO COM A LEITURA É CRÍTICO, REBELDE, INQUIETO, POUCO MANIPULÁVEL E NÃO CRÊ EM LEMAS QUE ALGUNS FAZEM PASSAR POR IDÉIAS."
 Mário Vargas Llosa.

INDICAÇÕES DE LIVROS



QUE LIVROS OS ALUNOS DEVEM LER?


O problema pode não ser a seleção de obras adotadas pelas escolas, mas sim a forma de abordá-las

Leitura na escola: os professores devem se preocupar mais com o tratamento dado aos livros usados em aula

A pergunta pode parecer descabida quando se pensa que nos dias atuais o professor de português tem pouco poder de decisão no que se refere à seleção de textos para seu trabalho em sala de aula. Afinal, os livros didáticos, o material apostilado e as listas de livros dos vestibulares - que servem de referência para a seleção de textos presentes no material didático - decidem e impõem o que deve ser lido na escola e os textos que podem circular nesse espaço.


Mesmo que disponham de material já pronto, os professores costumam se interrogar se devem exigir ou não a leitura de certos títulos (os clássicos), se devem acatar sugestões dos alunos sobre que material selecionar - o que significa, algumas vezes, dar explicações a pais e direção da escola - ou se devem escolher textos mais "fáceis" ou mais "difíceis". 



Tais dúvidas são compreensíveis: circulam muitas e diferentes opiniões sobre o assunto, desde as que defendem somente a leitura de textos literários, a presença de títulos de "qualidade" na escola, textos "politicamente corretos" - o que explicaria a exclusão de boa parte da obra de Rubem Fonseca - até os que reivindicam só a leitura de textos cujos temas se aproximem do mundo e interesses dos alunos. Para defender a leitura dos textos selecionados, o professor é obrigado, muitas vezes, a repetir o velho argumento de que "vai cair no vestibular". Ante a obrigação, a saída costuma ser a mais rápida e "indolor" - os alunos leem os resumos dos livros. E assim, ano após ano, continua-se a falar em crise de leitura.



Variedade 

O material didático produzido nos últimos anos oferece ao leitor-aluno um volume significativo de atividades de leitura e compreensão elaboradas a partir de textos dos mais variados gêneros. Certamente críticas podem ser feitas quanto à seleção do que aparece nesses manuais, em especial a de textos literários: sempre os mesmos títulos, os mesmos escritores. No que diz respeito à poesia, por exemplo, seria interessante dar a conhecer aos alunos outros poemas de Bandeira e Drummond, além de "Vou-me embora pra Pasárgada" e "Poema de sete faces". Já os textos em prosa, devido à limitação de espaço dos didáticos e apostilas, aparecem na forma de fragmentos que não dão conta de mostrar a complexidade e singularidade das obras.



Diferentes autores já analisaram as atividades de leitura presentes nos livros didáticos. No geral, o que se tem apontado é a inadequação e a improdutividade dessas atividades, uma vez que não exigem reflexões mais acuradas e não levam à formação de leitores de obras literárias. Ao contrário, os exercícios acabam por distorcer o material apresentado, levando o leitor a construir uma ideia equivocada do que seria a leitura (mera apreensão de conteúdo) e do que seria o texto literário, transformado em texto informativo ou apenas usado como exemplo de uma dada escola literária.



Costuma-se atribuir só à produção literária traços que a tornariam mais importante que outras produções, como a presença de recursos expressivos ou a discussão de temas relevantes. Se se leva em conta a própria natureza da linguagem, sua não explicitude, seu caráter dialógico, admite-se que todos os textos, dos mais "simples" aos mais sofisticados, agenciam diferentes recursos linguísticos, manifestam diferentes vozes sociais, revelam, de forma explícita ou silenciosa, diferentes pontos de vista.



Cânone 

Isso não significa abrir mão da leitura de obras literárias. A ideia de que só textos "significativos" devem ser trabalhados com os alunos, diretamente ligados a suas experiências, próximos de seus interesses e necessidades, soa equivocada. Isso porque a escola, como instituição responsável pelo ensino da leitura, deve ser um espaço onde os alunos entrem em contato com a literatura que faz parte de nossa herança cultural. Muitos alunos só têm condições de conhecer determinadas produções, as consideradas representativas de nossa cultura, no espaço escolar. Como negar a eles essa oportunidade?



Ressalte-se que o contato com tal produção pode ocorrer de forma a polemizar os critérios que a conduziram a uma posição privilegiada. Não se trata, portanto, de uma mera transmissão de obras consagradas, ou de perpetuar cânones, mas de abrir possibilidades de interlocução dos alunos com produções simbólicas consideradas relevantes.



Outra razão para a leitura de textos literários, não diretamente ligados ao mundo "atual" ou aos interesses dos jovens, é a possibilidade que tal leitura oferece, isto é, a de levar o leitor a conhecer outros mundos, outros pontos de vista, que podem enriquecer suas experiências, ampliar sua vivência e sua condição humana.



Sendo assim, não se trata de que textos privilegiar ou escolher para objeto de leitura - e também de trabalho com os alunos -, mas como olhar esses textos e perceber neles toda sua complexidade. Essa percepção permite desvelar aspectos cruciais para a interpretação, como críticas indiretas, ou a imposição de um certo modo de ver/avaliar o mundo. Nesse sentido, o que faz a diferença é o olhar do professor-leitor que apreende aspectos relevantes e o que seria interessante apontar e discutir.



Diante disso, pode-se afirmar que a questão "Que textos devo selecionar para trabalhar com meus alunos?" deve ser substituída por outra: "Como devo trabalhar os textos com meus alunos?". A mudança representa um passo importante no processo de formação de leitores críticos e leitores de obras literárias.



Jauranice Rodrigues Cavalcanti é professora do departamento de letras da Universidade Federal do Triângulo Mineiro 

quinta-feira, 21 de junho de 2012



O 1º C DO CPM - UNIDADE JEQUIÉ - EM HOMENAGEM AO JORGE MAIS AMADO DO BRASIL. É UMA TIETAGEM SÓ...

DICAS PARA O ENEM 2012


O Enem 2012 vai acontecer nos dias 03 e 04 de novembro de 2012. Seis meses do ano já se passaram e é necessário daqui para a frente uma constante preparação para não ficar de fora do processo, ou seja, concorrer por concorrer apenas.

Mas não basta apenas ler, é imprescindível também exercitar, afinal, escrever se aprende escrevendo!

A Revista  Curso Preparatório Enem 2012 - Redação e a Revista Atualidades Vestibular+Enem,  já estão nas bancas e traz dezenas de temas interessantes e oportunos que poderão cair na prova de Redação, de História e de Geografia. É uma boa base, comenta com dados, estatísticas, citações, exemplos e dicas sobre um universo de assuntos que farão com que o escrevente saiba, pelo menos, como começar o seu texto com riqueza de informações.




Não se esqueça: um bom texto começa sempre com a qualidade do que se lê. Entre  os textos e entre as linhas existem um universo de conhecimentos. É SÓ CONFERIR.



http://provadevestibular.wordpress.com/2011/02/04/quer-passar-no-enem-de-2012/

LER É ISSO E MUITO MAIS...